O SOL E A LUA - O CICLO DE LUNAÇÃO

Entre os povos antigos, o Sol e a Lua eram adorados como deuses, como fontes supremas de energia que fluía para a Terra.  O Tempo era cíclico, estruturado em fases, onde cada  fase tinha determinada qualidade e características próprias, o que tornava algumas atividades apropriadas para algumas fases e impróprias para outras. Para eles os ciclos lunares marcavam a passagem do tempo, acabando por se transformar num calendário lunar. A contagem das Luas se tornou o fundamento para a nossa idéia atual de mês e a estrutura interna ou as fases da Lua se tornou o fundamento de nossa idéia atual de semana. O período da Lua Nova era sagrado, pois o Deus Sol e a Deusa Lua eram um só. Envolvida pela luz do Sol, a Lua ficava plena de seu poder vital. Á medida que a Lua crescia, gradualmente refletia e distribuía a luz do Sol para a Terra, era um período fértil e destinado ao crescimento. Na Lua Cheia, a Lua se torna igual ao Sol, liberando para a Terra a sua força total de transmissão do poder do Sol. Então como que exausta de tanta atividade, ela começava a minguar.  Na Terra a vitalidade decrescia e todos tinham que esperar para a renovação da fertilidade e do crescimento quando o Deus Sol e a Deusa Lua estivessem unidos outra vez.

A Astrologia chama de Ciclo de Lunação a esse relacionamento entre o Sol e a Lua. É  o arquétipo de todos os ciclos simples de relacionamento entre os planetas. A lunação é um ciclo de fases e se refere ao “período sinódico” da lua (da lua nova para a lua nova) que dura 29 dias, 12 horas e 44 minutos, diferente do período sideral da lua que mede uma revolução zodiacal completa que dura 27 dias, 7 horas e 43 minutos (retorno periódico do planeta a um ponto fixo no céu). O ciclo de lunação não mede mudanças na própria Lua, mas mudanças no relacionamento Sol-Lua, tendo com referência  o centro da Terra. As fases da Lua não nos dizem nada acerca da própria Lua, ou da posição dela no céu, referem-se unicamente ao estado de relacionamento entre ela e o Sol. A Lua apenas reflete para nós, na sua aparência, as mudanças que ocorrem no relacionamento.