SAGITÁRIO: A BUSCA DA SABEDORIA
22 de novembro a 21 de dezembro
Chegamos a Sagitário, o nono portal. Em escorpião
depuramos nosso lodo, limpamos nossa
visão, energizamos nosso Ser. Agora é hora de ampliar nosso campo de
visão, de ver as colinas no horizonte. É
hora de unir presente com futuro, projetando para um fim aquilo que escorpião
transmutou
Sagitário, do
latim “sagitta”, em português flecha, significa a síntese humana de voar por
sua própria transformação, partindo de sua condição humana e atravessando o
espírito. É representado pelo centauro (metade humano, metade cavalo)
demonstrando a fusão da natureza humana diferenciada com a natureza animal
indiferenciada, a união do espiritual com o instintual.
Ampliando
nossos horizontes, em Sagitário estamos em busca da verdade, de Deus, de nós
mesmos, do que há de mais sagrado, de mais divino em nossa existência. Somos
alegres, otimistas, visionários, entusiasmados (do grego, cheio de Deus) e por isso mesmo buscamos o
melhor lado das coisas e nos conectamos com a sorte, abertos que estamos à fé e
às aventuras, do latim “adventura”,
coisas que estão por vir.
Sagitário nos estimula a ir em busca de nosso
Objetivo, impulsionando e estabelecendo uma direção. Um objetivo é uma estação
no caminho da vida que nos conduz ao nosso Plano Divino. A cada objetivo
alcançado, vemos uma parte desse plano, e outro objetivo maior se descortina
diante de nós. O Objetivo, como centro magnético, torna-se uma bússola em nosso
caminhar, impedindo que fiquemos batendo a cabeça andando de um lado a outro.
Quando nos conectamos com nosso Objetivo, não há outra escolha. Mesmo que cause
dor ou sofrimento, nada nos impede de fazer aquilo que precisa ser feito. O
Objetivo aumenta nossa força de vontade, por isso, quando dissemos estar
cansados demais, vale a pena parar e perguntar: estamos em conexão com nosso
real Objetivo? Ouvi uma vez, de uma instrutora de Jin Shin Jyutsy, que a fadiga
não faz parte do patrimônio humano. É verdade, quando estamos entusiasmados,
encantados e apaixonados por algo ou por alguém não nos sentimos cansados. Ás
vezes não vemos o Objetivo porque o Plano Divino está obscurecido pelos
desencantos, pelas ilusões e pela inércia.
Precisamos de
uma direção, de uma orientação para indicar ou apontar o objetivo. E é a
energia de Sagitário que vai nos ajudar, mostrando como ser Príncipe, aquele
que tem princípios. Os princípios são como guias, como faróis que nos dão a
direção de vida decisiva para atingir um objetivo mais abrangente; é o
impulso vigoroso para se viver segundo as normas do nosso ideal. Sem
os princípios que norteiam e nos dão um sentido de direção, somos vítimas
fáceis do consumismo, conformismo, modismos e ismos criados com objetivo de
manipular nosso espírito e nossa mente.
Em Sagitário,
somos chamados a dar o primeiro passo essencial além do eu, conhecendo e
obedecendo (“ob audire”, estar disposto a ouvir) a um conjunto de leis
universais e imutáveis. Leis que vão nortear o caminhar e fazer cumprir a justiça cósmica. Nos sentimos incompletos, sabemos que não nos
bastamos, precisamos sentir que nossa existência tem algum significado, por
isso unimo-nos a outros que pensam de forma parecida. Nos ligamos a outros por
uma filosofia de vida comum, que vai regular um código de ética, elaborando
leis de vida claramente definidas e exigindo que se faça justiça de acordo com
essas leis.
Estamos
falando de leis cósmicas e ideais que norteiam nossos passos, e não de normas,
etiquetas e regulamentos protocolares que servem apenas para manter uma vida
hipócrita, limitada e mesquinha. Para Sagitário, nada é pequeno ou
insignificante, pois tendo a visão do futuro, do vir a ser, abarca todo o
conhecimento obtido para sintetizá-lo numa filosofia de vida que seja
propiciadora de maior crescimento pessoal. Tem gosto pelas viagens à medida que possibilitam uma ampliação de sua visão
de mundo, conhecendo diferentes povos e culturas.
Sagitário nos
fala dos dogmas, valores, crenças, princípios e da fé: alicerces de nossa vida.
Vivemos numa sociedade imediatista, na qual queremos a rápida satisfação de
nossos desejos e vontades, não importando os meios. É muito comum se ouvir
dizer que o fim justifica os meios, esquecendo que os meios são fins em si
mesmos. Sagitário traz em si a esperança, saber esperar, adiar nosso desejo por
acreditar em sua plausibilidade, por ter fé na capacidade humana de evolução.
O risco de Sagitário é dispersar-se, disparando suas setas em várias direções ao
mesmo tempo, galopando em fuga de si mesmo, demonstrando sua impaciência com o
processo interno e rompendo prematuramente com sua orientação. Se, por um lado,
está habilitado ao auto-conhecimento, o que lhe permite alcançar as grandes
colinas, por outro, pode cair no fanatismo, na obstinação, na estreiteza
mental, fugindo de suas dúvidas interiores profundas. Acredita, então, que seu
potencial não está sujeito a qualquer forma de limitação, que é possível vencer o sstema, não se
submetendo às suas leis, ou pelo contrário,
tornar-se indolente sem querer burilar seus talentos, seguindo a lei do
menor esforço e usando a falta de fé
como desculpa para não se comprometer consigo mesmo. Pode ainda assumir a
postura de um “cordeirinho”, permanecendo na estagnação e fantasia. Agarra-se a
uma filosofia ou a uma religião que promete recompensas futuras em troca da fé
cega e não como resultado do esforço pessoal, prejudicando o discernimento,
pois instilam expectativas irreais de falta de limites e esbanjamento.
A utilização
evolutiva da energia de Sagitário é estar Perto
de Mim, é se olhar no espelho e conectar com seus valores e princípios. Ver
que o que busca fora está bem dentro de si mesmo, apesar de todo apelo e propaganda externa.
Em seu nono trabalho, Hércules deve acabar com as aves do
lago de Estinfalo, que devoram os frutos do trabalho dos camponeses. A
dificuldade maior consiste em fazê-las sair de seus escuros abrigos na
floresta. Decide bater furiosamente as castanholas de bronze, confeccionadas
por Hefesto. O barulho amedronta as aves que saem da floresta tontas. Hércules
retesa o arco. Mira a flecha envenenada com o sangue da Hidra, e mata uma a uma
as aves.
Com suas flechas certeiras, símbolo da espiritualização,
Hércules mata as aves, cujo vôo obscurecia o sol. Como o pântano, o lago reflete a estagnação. As aves
antropófagas simbolizam o impulso de desejos múltiplos e pervertidos, que não
permitem o crescimento, pois haviam se estagnado no inconsciente. Atraídos pela
consciência, tentam ofuscar a essência, dispersando energias e forças.
Em Sagitário,
aprendemos a acreditar e a desejar que o mundo seja um lugar melhor. Aprendemos
que a viagem, interna ou externa, ajuda a liberar energia, a buscar alguma
coisa que não contactamos ainda. Os limites sempre presentes são utilizados para se expandir ainda mais. Sagitário nos lembra da infinita
Abundância, da possibilidade de expandir e atingir a sabedoria num ato de superar-se, de ir além
das próprias fronteiras. Mas, para isso, é preciso aprender a manejar o arco. É
importante ter uma disciplina psicológica e espiritual, aprender a fluir com a
ação e a liberar a flecha na direção do alvo. O tiro não depende do arco mas da
presença do espírito, da vitalidade e da atenção com que se dispara. A grande
aprendizagem que Sagitário nos traz é que podemos conquistar amplos horizontes com justiça e
princípios.
Atividades:
· assista a programas da
Discovery ou leia numa revista de Geografia Ilustrada sobre outras culturas e
países;
· leia sobre religiões e filosofia;
· faça exercícios aeróbios,
principalmente, para as coxas;
· estabeleça metas e projetos
a médio e curto prazo;
· faça seu próprio credo
(liste as crenças que você tem na vida );
· na meditação da lua cheia,
trabalhe as características: expansivo, otimista, visionário, honesto,
filosófico, idealista, sábio, entusiasmado;
· leia o texto bíblico: Gl 5,
1-12;
· observe no céu as
constelações de Sagitário, Aguia ( N ), Cisne ( N ) e Seta;
· dieta: verduras, fígado, grãos e farelos;
· tome chá de dente de leão;
· enfeite sua casa e/ou local
da trabalho com Calêndula.
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