14 de fev. de 2013


SATURNO:  NA ASTRONOMIA, “O SENHOR DOS ANÉIS”

 

Diâmetro:  119.300km  (9,47 vezes o da Terra)

Massa: 95,2  vezes a massa da Terra

Período de rotação: 10h14min

Duração do ano: 29,46 anos terrestres

Aceleração da gravidade: 1,07 a aceleração da gravidade da Terra

Inclinação do eixo de rotação: 27º

Distância média ao Sol: 1.427.000.000km

Excentricidade: 0,0557

Idade: 4,6 bilhões de anos

 

Saturno é um planeta visível a olho nu, com uma coloração amarelada, é o segundo maior planeta do Sistema Solar. Possui um magnífico sistema de anéis. São cerca de mil anéis concêntricos, compostos por pedras, recobertas ou não de gelo e de gelo seco (gelo de gás carbônico) e de poeira. Imagina-se que esses anéis se formaram de matéria que sobrou depois da formação do planeta. Podem ter, também, componentes de algum satélite que se fragmentou depois de sua formação.

A composição química de Saturno  é bastante diferente da composição da Terra: gás hidrogênio (97% da matéria do planeta), hélio (3%) e traços de gás metano, gás amônia e um pouco de vapor d’ água. É um planeta predominantemente gasoso, de modo que basicamente não possui chão. Sua densidade é muito baixa: 0,7, o que faz de Saturno o planeta menos denso do Sistema Solar.

A enorme distância até o Sol, faz com que sua temperatura seja muito baixa: por volta de -140 C.

Saturno possui 61 satélites, com  uma gama grande de tamanhos: o menor, descoberto em 1980, é um bloco de 20 km e o maior, Titã, tem 5.140 Km. Este é o único satélite do Sistema Solar com atmosfera,  composta basicamente de gás metano, que é um dos componentes da gasolina.

 

 

 

 

SATURNO: O SENHOR DO TEMPO

 

                        Na mitologia romana, Saturno - na grega Cronos - é o senhor do tempo. Assim como o tempo devora a própria vida, Cronos devorava sua prole. Filho caçula de Urano e Géia assumiu a liderança do panteão grego ao castrar o próprio pai, que empurrava os filhos recém nascidos de volta para o útero materno por temer ser destronado por um deles. Quando Cronos assumiu o poder casou-se com Réia e temendo a profecia de ser destituído do poder por um de seus descendentes, devorava-os assim que nasciam.  Mas assim como destronou seu pai, foi destronado por seu filho Zeus, que lhe deu um chá que o fez vomitar todos os seus filhos.  Destronado foi enviado para a Ilha dos Bem Aventurados, onde inaugurou  a Idade de Ouro, onde homens e deuses comungavam harmoniosamente e a terra produzia por si só. Rios de leite e de néctar cortavam os campos inundando tudo e todos com suas benesses. Época onde os seres humanos eram iguais e desfrutavam das mesmas coisas.

                        É representado com uma foice, que simboliza o corte das sementes tanto a nível da colheita quanto de castração. Em sua homenagem eram realizadas as Saturnalia, festa que homenageia a Idade de Ouro. A princípio durava um dia, até que Domiciano, imperador de Roma, decidiu que seriam festejadas durante sete dias, de 17 a 23 de dezembro. Durante as Saturnalia Roma parava: condenações à morte eram adiadas, jogos de azar proibidos, presos eram soltos, escolas, senado e os tribunais fechados. Senhores se faziam de escravos e vice-versa; homens se travestiam de mulheres e mulheres de homens. Tudo era permitido, o caos era instalado. Era eleito um monarca para governar os festejos, que representava o próprio Saturno. Durante as Saturnalia era tratado com todas as pompas e mordomias, sendo ao final sacrificado, o que representava a idéia de renovação presente nas mitologias de vários povos.  Essa prática é um resquício da era matriarcal onde o velho monarca, incapaz de gerar, dava lugar a outro, mais jovem e capaz de fecundar a rainha, garantindo assim a fertilidade da terra, dos rebanhos e de todas as mulheres.

                        No campo do amor, uniu-se com Fílira que para fugir de seu assédio metamorfoseou-se em égua. Cronos transformou-se em cavalo gerando o centauro Quíron.

 

 

                       

SATURNO:  NA ASTROLOGIA, O SENHOR DO CARMA

Saturno nos ensina a lidar com a fraqueza que bloqueia o crescimento  e nos propicia a oportunidade de acabar com a resistência que nos impede de prosseguir nossa  evolução.

Até   Urano ser avistado no céu, acreditava-se ser  Saturno  o último planeta do sistema solar, esse era considerado o fim do Universo,  o limite do criado. Por isso trás a idéia de limite, de contenção, de rigidez. Por outro lado representa a  função energética de fornecer estrutura e senso de limite ou fronteira para se ir além. Representa obstáculos e ao mesmo tempo desafios à criatividade humana. 

            Saturno nos diz que se queremos continuar a crescer precisamos criar estruturas que nos dê segurança para lidar com os nossos medos, com nossas fragilidades e dificuldades. Temos tendência a acomodar diante das estruturas já criadas ou diante de nossos medos, cristalizando padrões de comportamento e pensamentos que inibem o fluxo de nossa criatividade. Saturno, então, funciona como um “Cefeiro Impiedoso” pois com disciplina, ambição e  responsabilidade nos leva a amadurecer e superar nossos próprios limites e resistências. Nos incita a usar a disciplina para dominar a parte de nós que sempre resistiu. Nos convida a lutar para que nosso potencial se torne realidade e a abordar a vida de maneira construtiva. Ceifa as nossas distrações, nossos desvios e resistências, o que o torna Senhor do Carma. Como um pai severo nos coloca em nosso caminho evolutivo, que deve ser percorrido com esforço e responsabilidade. Por isso ligamos Saturno a circunstâncias dolorosas, experiências frustrantes, que tem como objetivo promover não  o prazer da dor, mas a alegria da libertação psicológica.  No mapa a posição  e aspectos de Saturno revelam áreas onde enfrentamos nossas provas mais específicas e concentradas, onde experimentamos dor e frustração, onde crescemos passo a passo.

            Vale a pena lembrar que Saturno lutou com Urano, seu pai, pela sua sobrevivência. No entanto, interiorizou o pai e regressivamente repetiu seu comportamento, comendo seus filhos. Simboliza, portanto, o conflito entre o pai, a estrutura e o filho, a criatividade. Representa o princípio da forma, da estrutura e da estabilidade, das tradições e da autoridade. O já vivido deve ser utilizado como forma de se ultrapassar o limite e não para cristalizar comportamentos. O novo deve brotar do velho, porém resistimos. A resistência causa medo. Medo da finitude da vida, pois temos poucas certezas. Medo da instabilidade dos sentimentos: como foi rejeitado por seu pai, tem um grande sentimento de rejeição. O antídoto natural á aprender “agir com o coração”, desenvolvendo um coração potente e amante, que encare com serenidade as intempéries da vida, construindo sua base de sustentação interna.

            Capricórnio, regido por Saturno, é a escalada da montanha, o ponto mais alto do Zodíaco, onde o sol da consciência assume, através do esforço e dedicação, a condição de brilho máximo. Mas para atingir essa condição é preciso tornamo-nos responsáveis por nossa vida, o que colhemos é fruto do que plantamos. E não há nada que detestemos mais do que aceitar a responsabilidade por nossas ações e por nosso destino. Quando recusamos assumir a responsabilidade de nossa vida caímos no isolamento, no abandono, na esterilidade, na impotência, na depressão. Quando assumimos a responsabilidade,  Saturno nos dá paciência, perseverança e sabedoria. É preciso aprender ouvir os conselhos deste velho sábio, senhor do tempo e instaurador da era de ouro.

            Saturno no corpo físico rege os dentes, as unhas e todo o sistema de sustentação do corpo: os ossos.

            Podemos resumir o aprendizado de Saturno lembrando o processo da lagosta. A lagosta, um animal invertebrado, nasce desprotegida e sem sustentação. Com os resquícios do meio ambiente constrói uma couraça de sustentação para se movimentar, ao mesmo tempo que a protege dos perigos externos. A lagosta continua crescendo e a couraça  se torna pequena,  limitando o seu crescimento. É preciso abandonar essa couraça e construir outra, maior e mais firme. Sem pestanejar, a lagosta abandona a couraça e constrói outra maior. Até que se torne apertada novamente e... Construímos couraças de sustentação e proteção de nossos medos  e fraquezas. Á medida que crescemos estas couraças, que antes protegiam, sufocam nosso crescimento. É preciso ter a coragem das lagostas para abandonar a couraça e construir outra maior. 

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